tag:blogger.com,1999:blog-55160009292640331292024-03-09T23:46:09.399-03:00REGISTRO DA PRÁTICA: REGISTROS DE UMA EXPERIÊNCIA EM PROCESSO<b>Diário de Classe</b> e <b>Notas de Aula</b>, do
<br>
<b>Professor Donarte Nunes dos Santos Júnior</b>,
<br>
<b>E.M.E.F. PORTO NOVO</b>,
<br>
Prefeitura de Porto Alegre – SMED/ RMEDonarte N. dos Santos Jr.http://www.blogger.com/profile/00870216839699010654noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-5516000929264033129.post-6331085328964780232018-03-20T21:47:00.021-03:002024-03-09T10:14:03.338-03:00IDEIAS-FORÇA PARA ESTUDANTES!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwsX-ygDEMrkj0UtfpYScqJLaOQJhPUTYJ6KbBF2XjnHb0apdhrzdUBFfn-Ue6E7XtWsXjfJSMdGV95AOnrab8KimEm7lyTGQUhAYUtwp9exrdOW3rEAg3YbCSP_jK4wI9QNrn2ciWLXqQ/s1600/nietzsche.gif" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"></a></div>
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: medium;">ESTA PUBLICAÇÃO TENTA TECER <i>NOÇÕES FORTES</i> QUE PODEM <i>ORIENTAR</i> JOVENS ESTUDANTES EM SUAS VIDAS ACADÊMICAS...</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="801" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwsX-ygDEMrkj0UtfpYScqJLaOQJhPUTYJ6KbBF2XjnHb0apdhrzdUBFfn-Ue6E7XtWsXjfJSMdGV95AOnrab8KimEm7lyTGQUhAYUtwp9exrdOW3rEAg3YbCSP_jK4wI9QNrn2ciWLXqQ/s1600/nietzsche.gif" /></span></span><span style="font-size: medium;"><b></b></span><blockquote><b></b><blockquote style="text-align: justify;"><b>AVISO</b>: de antemão alerta-se para o fato de que o presente texto possui conteúdo <i>moral</i>, visto que "Jamais tivemos tanta necessidade de educadores morais" (NIETZSCHE)</blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Considero as noções que abaixo serão explanadas como uma <i>poderosa ideia</i>, por isso chamo de "ideias-força", termo que tomo emprestado da <i>escola francesa de humanidades</i> quando o assunto é o <i>tempo </i>(História) e <i>espaço </i>(Geografia), conceito que é mais bem trabalhado no livro de <a href="http://www.editionsladecouverte.fr/catalogue/index-Le_dictionnaire_historique_et_g__opolitique_du_20e_si__cle__-9782707152725.html" target="_blank">Serge Cordellier</a>, chamado <a href="https://www.estantevirtual.com.br/livros/serge-cordelier-direccao/o-novo-estado-do-mundo-80-ideias-forca-para-entrar-no-seculo/2560998522" target="_blank">"O Novo Estado do Mundo: 80 idéias-força para entrar no século XXI. Porto: Campo das Letras, 2000"</a>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
Já há alguns anos, eu gosto de começar o <i>Ano Letivo</i> ou o <i>Semestre Letivo</i> (no caso da EJA), levando aos estudantes <i>noções</i> que eu penso serem bastantes importantes para a vida deles como estudantes. Trata-se de uma noção que aprendi quando da leitura da obra <a href="https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/filosofia/escritos-sobre-educacao-3117143" target="_blank">"Escritos sobre Educação"</a>, do filósofo alemão <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche" target="_blank">Friedrich Nietzsche (1844-1900)</a>.</span></div>
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<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
No livro citado, Nietzsche faz uma série de <a href="http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/012e4.pdf" target="_blank">críticas</a> acerca da <i>Educação </i>(<b>Obs.:</b> no presente texto, o termo <i>Educação </i>será escrito com "e" maiúsculo, para designar a "Educação de verdade", <i>profunda</i>, bem feita, aquilo que vai além da mera <i>instrução</i>; "<i>Educar</i> é mais que o mero <i>instruir</i>", já dizia <a href="https://online.pucrs.br/professores/pedro-demo" target="_blank">Pedro Demo</a>, em várias de suas obras) de seu tempo (séc. XIX). Várias destas reflexões são importantíssimas para nós, hoje, em pleno século XXI.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
Dentre elas, eu sempre destaco uma observação muito pertinente, que Nietzsche havia notado ao praticar seu ofício de professor, a saber: as pessoas, no tempo dele, estavam muito preocupadas em estudar para entrarem em uma <i>profissão</i>, sendo que, muitas daquelas profissões, eram oferecidas pelo <i>Estado </i>(com "e" maiúsculo, para designar o "governo", o "país", a figura <i>estatal</i>).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPadTAx1tGG3qgk0vq227S9KgNr0nplQnhuZASkLO72y-eVSwf17PXP56n21V809goClpzfwnKTw_49mkHhimLkEK8tU9bzn1E7RgZiwfqPdVXmNwsPXZru7vkrP72hZL3qb7okbzSZLoEhE22KM3Pr2hacJAs7xADgVkdghlnw004aXpCQf_AaLtsbPjT/s716/pedro_demo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPadTAx1tGG3qgk0vq227S9KgNr0nplQnhuZASkLO72y-eVSwf17PXP56n21V809goClpzfwnKTw_49mkHhimLkEK8tU9bzn1E7RgZiwfqPdVXmNwsPXZru7vkrP72hZL3qb7okbzSZLoEhE22KM3Pr2hacJAs7xADgVkdghlnw004aXpCQf_AaLtsbPjT/s16000/pedro_demo.jpg" /></span></a></div></div><span style="font-size: medium;">Não poderia deixar de ser, pois, na Alemanha do século XIX, um século após o início da "Revolução Industrial" (iniciada, em 1750), as <i>fábricas</i> estavam ainda mais pujantes, as rodovias, ferrovias, cidades e obras estavam no ápice de sua construção e (re)construção. Necessitavam, assim, de mão-de-obra especializada.<br />
<br />
Sabendo disso, o <i>Estado </i>alemão passou a demandar trabalhadores para estas obras, e, de sua parte, os estudantes, futuros trabalhadores que eram, passaram a estudar para serem integrados pelo <i>Estado</i> nas respectivas profissões necessárias: médicos, engenheiros, professores, etc., todas as profissões necessárias à sociedade que emergia, estratificava-se e se complexificava.</span></div>
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<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
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Nietzsche via um problema nisso. Ele constatava que este tipo de estudo não é o mais acertado, adequado, e, por assim dizer, o mais <i>excelso </i>modo de estudar. Isso porque quando uma pessoa se preocupa em estudar tão somente para preencher uma vaga de emprego e/ ou para "entrar" ou "ter" uma profissão, pode acontecer (e normalmente é o que acontece mesmo), de que ela estude <i>apenas</i> os conteúdos que são ministrados naquele curso, esquecendo-se da <i>criticidade</i>, da <i>profundidade</i>, da <i>reflexão </i>e do <i>rigor</i>,<i> </i>que certamente podem serem levados em consideração ou serem oferecidos por qualquer que seja o ofício profissional.</span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br />Por outros termos, de modo sumário, nas palavras de um dos maiores pensadores brasileiros quando o assunto é <i>Educação</i>, o <i>sociólogo</i> catarinense, <a href="http://pedrodemo.blogspot.com.br/p/quem-sou-eu.html" target="_blank">Pedro Demo</a>: "Educar é mais do que o mero instruir", como já foi dito, e mais: "estudar é modo de vida". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkCFr_ebL8VbZwHNwallLN6_EmgB6puAhyp2L6oNPnkrNSbBmI94lFa7utVufbcIGvNxV1PSZuHlilLZmCVzBjYo3ugYcQkD9htkQ38VWGeKVaMViX6SUD2tqG2xFBNZAspo5IYVmecj-mTG5AqGOM4X3d1z_sL77XvlUp2WYM6xB7eQx2DoW1-Abpb7ZK/s764/exupery.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ou seja, um curso superior, <i>faculdade</i> ou ensino técnico podem me dar todas as <i>ferramentas</i> para que eu desenvolva, no futuro, minha profissão. Mas, ainda assim, isso não quer dizer que eu adquiri, com ele, um conhecimento mais <i>humano</i>, <i>profundo</i>, <i>rigoroso</i> e <i>crítico</i> acerca do meu fazer como profissional, qualquer que seja a área do conhecimento. <i>Educação</i> é mais do que <i>instrução</i>. Além disso, <i>Estudar </i>é para toda a vida. É para sempre, nunca devemos parar de <i>pesquisar</i>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="clear: left; float: left; font-size: medium; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="764" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkCFr_ebL8VbZwHNwallLN6_EmgB6puAhyp2L6oNPnkrNSbBmI94lFa7utVufbcIGvNxV1PSZuHlilLZmCVzBjYo3ugYcQkD9htkQ38VWGeKVaMViX6SUD2tqG2xFBNZAspo5IYVmecj-mTG5AqGOM4X3d1z_sL77XvlUp2WYM6xB7eQx2DoW1-Abpb7ZK/s16000/exupery.jpg" /></span><span style="font-size: medium;">Outra <i>inspiração</i>,<i> </i>nesse sentido, é a que nos chega desde o livro <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Petit_Prince" target="_blank">"O Pequeno Príncipe"</a>, do escritor francês, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_de_Saint-Exup%C3%A9ry" target="_blank">Saint-Exupéry (1900-1944)</a>, qual seja, a de que <i>jamais devemos abandonar uma pergunta</i>. De fato, era isso que fazia a personagem central do livro, <span style="text-align: left;">“O principezinho jamais renunciava a uma pergunta, depois que a tivesse feito.”. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: left;">Por outros termos, se pararmos de <i>pesquisar</i>, se pararmos de irmos atrás de nossas dúvidas, de <i>responder </i>as <i>perguntas </i>às quais nos propomos, as mesmas ficarão sem <i>respostas</i>, e, por conseguinte, ficaremos sem aquele conhecimento. Urge, então, que rompamos com uma certa "preguiça", atual, que é a de sempre termos tudo ao alcance das mãos. Tornemo-nos <i>perguntadores </i>e <i>respondedores </i>de nossas próprias perguntas; tornemo-nos, <i>pesquisadores</i>.</span> </span></div>
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<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
Neste ponto eu sempre gosto de colocar para os alunos que as pessoas, por exemplo, vão à academia, compram perfumes e usam roupas bonitas. Fazem tudo isso, por assim dizer, para si mesmas, para estarem malhadas, bonitas, cheirosas, enfim, executam e encaram tais práticas em benefício próprio, e como um benefício que é particular e intransferível. Porém, normalmente, não consideram a Educação da mesma forma. Não buscam com a mesma <i>avidez</i> o <i>conhecimento</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
Relativamente a isso, é interessante de se observar, que o <i>estudar</i>, o <i>pesquisar, </i>enfim, o <i>Educar-se </i>de modo consciente, é superior a todos as práticas humanas acima citadas, pois, depois, podem ser, por assim dizer, transferidos, repassados para as outras pessoas, para as gerações futuras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></span><span style="font-size: medium;">
Nesse sentido, em uma das recentes aulas que ministrei, lembro-me da resposta de um dos alunos à pergunta "por que você estuda?". Escreveu ele, "eu estudo para ajudar a humanidade.". Note-se o <i>altruísmo</i>, o desprendimento do estudante. Ele poderia ter respondido que estudava para dar um futuro melhor a si mesmo ou para ajudar a família; pensado no círculo social mais imediato, ele e o próximo imediatamente ao lado. No entanto, referiu-se à <i>humanidade</i>. São raras as pessoas que, hoje em dia, pensam no <i>outro</i> antes de <i>si mesma</i>;<i> a preocupação em </i>"deixar algo" está cada vez mais rara...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="clear: left; float: left; font-size: medium; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="774" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrVGRzRBEBAqX_rHfTvC1lXlXUJZwjM2WT2oz1eM_5KpnuhoZ_t1WLsQxHM4G5qO8SZSsM4ajj69xjsaa5_IuFFj80iUGdTk2OpDF9Omah6ap8l3d0GI9MwXcShPJPU1xNaewtH-9yo8PB/s1600/dumas.gif" /></span>
Ainda nesta esteira, em meu fazer pedagógico, não raras vezes, narro, aos estudantes, o diálogo entre os prisioneiros, <i>padre </i>e <i>abade</i>,<b> Faria</b> (que, provavelmente, foi inspirado no <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Abade_Faria" target="_blank">sacerdote</a>, de mesmo nome, que realmente existiu) e <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmond_Dant%C3%A8s" target="_blank">Edmond Dantès</a></b>; personagens que haviam sido condenados por motivos políticos escusos; mantidos no <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_If" target="_blank">Castelo de If</a>, localizado na ilha de mesmo nome, no <a href="https://lugaresinesqueciveis.wordpress.com/2013/07/15/ilhas-frioul-marseille/" target="_blank">Arquipélago do Frioul</a>, na <a href="https://www.google.com.br/maps/search/ba%C3%ADa+de+Marselha/@43.2803051,5.2404128,11z/data=!3m1!4b1" target="_blank">baía de Marselha</a>, sul da França.<br />
<br />Faço isso diversas vezes porque <a href="http://carinadiniz.blogspot.com.br/2016/02/11-licoes-que-aprendi-com-o-abade-faria.html" target="_blank">há várias noções</a> a serem aprendidas com o diálogo entre as personagens acima citadas, e que emergem ao longo do livro <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Conde_de_Monte_Cristo" target="_blank">"O Conde de Monte Cristo"</a>, de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Dumas,_pai" target="_blank">Alexandre Dumas (1802-1870)</a>. Dentre elas, a que me mais me interessa, é a a noção de que <b>tudo</b> pode ser tirado de um homem. Ele pode ser roubado em sua dignidade, em seus bens pessoais e até perder, como no caso de Dantès, a sua <i>liberdade</i>. Mas, há uma coisa que não pode ser tirada de um homem, o seu <b><i>conhecimento</i></b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Outro sentido que emerge da obra de Dumas, é o da dialética (e até mesmo </span><i style="font-size: large;">dialógica</i><span style="font-size: large;">) entre os conceitos de </span><i style="font-size: large;">liberdade </i><span style="font-size: large;">e de </span><i style="font-size: large;">conhecimento.</i><span style="font-size: large;"> Mesmo preso, Dantès pôde haurir conhecimento. O conhecimento não pode ser encarcerado entre as paredes de u</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">ma masmorra. O <i>conhecimento liberta</i>; mesmo preso um homem pode estar livre em seus pensamentos e cultivá-los. Isso, penso eu, é muitíssimo importante para pessoas que, nas palavras de nosso querido educador recifense, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire" target="_blank">Paulo Freire (1921-1997)</a>, estão <i>oprimidas </i>pelo peso de fardos sociais e econômicos. Ou seja, não importa a sua condição <i>socioeconômica</i>, você pode investir em seu conhecimento, em seu estudo, e, com isso, num futuro até mesmo bem próximo, poderá (e certamente conseguirá) a <i>libertação</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="clear: left; float: left; font-size: medium; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="701" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC3CYNv7aA3M8lM49rHaj8ZHXeqloD-Hb-xTogZv7g_qXa1F7nImqBnMmtocGp-XnJipKxcZIC8KzcxXp3tZrnkpidpxP4vJv-TKgckpf8yYAHKFqKOOsUYxaNDj79UXKMR7FlpjhBV59QgoU_E0K95NRKW1GPDhU6g-vEB_N5nsob0bp21X3KzsiGoxjL/s16000/freire.gif" /></span><span style="font-size: medium;"><br />
Pode parecer <i>piegas</i>, <i>utópica</i> e até <i>romântica</i> esta minha visão, mas, sabe-se que, hoje em dia, pode até acontecer que uma pessoa que tenha estudo não seja devidamente reconhecida, não vindo a ser bem sucedida. Mas, certamente, bem mais difícil é o caminho da pessoa que <b>não </b>possui Educação.<br />
<br />
Assim, podemos conceber, e é o que realmente vemos nas notícias, uma pessoa extremamente bem formada, que passou num concurso público; tomemos um juiz, por exemplo: um juiz normalmente mostra que possui uma instruções extremamente técnica e bem feita; chegou longe em sua vida de estudos e passou em concurso público. Entretanto, pode ocorrer de ele ser <i>corrupto</i>, pode acontecer de ele "passar por cima" dos outros, receber propinas, emitir juízos e sentenças em interesse próprio ou para beneficiar amigos e parentes. Enfim, um juiz pode ter uma bela <i>instrução</i>, mas uma péssima <i>Educação</i>. É claro que o exemplo não se aplica somente a juízes. Podemos conceber o mesmo para professores, advogados, médicos, padres e pastores, enfim, qualquer que seja a função, por assim dizer, <i>social </i>de uma pessoa.<br />
<br />
O caso diametralmente oposto também é verdadeiro, podemos conceber uma pessoa humilde e pobre; tomemos uma faxineira, por exemplo: ela pode demonstrar que não tem uma boa <i>instrução</i>, não foi longe em sua vida estudantil e acadêmica, e não tem como, tão somente em virtude de sua condição cultural momentânea, passar em um concurso público. Ainda assim, pode ocorrer de ela ser <i>correta,</i> <i>honesta</i> e até mesmo <i>sábia</i> e <i>honrada</i>, demonstrando uma <i>Educação </i>de verdade.<br />
<br />
Neste ponto, também sempre gosto de fazer os alunos refletirem acerca de o que é o <i>conhecimento</i> e o que é a <i>sabedoria</i>. No caso do juiz, tomado como exemplo acima, ele tem, certamente, <i>conhecimento</i>, mas não age com <i>sabedoria</i>. O <i>conhecimento</i> que ele tem, não serve para que ele tome decisões <i>sábias</i>. Já a faxineira, também tomada como exemplo acima, a despeito da pouca <i>instrução </i>e <i>conhecimento técnico</i> que possui, pode, perfeitamente, orientar e aconselhar seus filhos para um futuro <i>promissor</i>, <i>honesto</i> e que muito pode acrescentar a uma sociedade. Age, assim, diferentemente do <i>juiz</i>, com <i>sabedoria</i>.<br />
<br />
Isso é muito bem demonstrado no filme <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gifted_Hands:_The_Ben_Carson_Story" target="_blank">"Mãos Talentosas" ("Gifted Hands: The Ben Carson Story")</a>, que conta a vida de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ben_Carson" target="_blank">Ben Carson</a>. A mãe de Carson, a Sra. Sonya Carson, não sabia ler nem escrever, e, no entanto, soube Educar seus filhos (Ben e Curtis) para que atingissem, mesmo com todas as dificuldades socioeconômicas, respectivamente, as profissões de <i>neurocirurgião</i> e <i>engenheiro</i>.<br />
<br />
Contudo, o filme deixa claro isso, Ben não era (aliás, o termo não "era", mas sim "é"; <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ben_Carson" target="_blank">Benjamin Solomon Carson</a>, que inspira o personagem do filme, <i>é </i>uma pessoa <i>real</i>) <i>somente</i> um médico <i>excelente</i>, <i>técnico</i> e <i>preciso</i>, era uma pessoa <i>humana</i>, <i>gentil</i>, <i>amorosa</i> e <i>fraterna</i>; <i>noções</i> que não aprendeu na <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Michigan" target="_blank">Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan</a> ou no <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Johns_Hopkins_Hospital" target="_blank">Hospital Johns Hopkins</a>, onde, respectivamente, estudou e cumpriu residência; <i>emergem </i>da <i>Educação</i> que aprendeu com a mãe.<br />
<br />
Concluo dizendo que os argumentos que estou usando, podem até serem chamados, por assim dizer, de argumentos <i>morais</i>. Faço um alerta, no entanto: há pessoas que acusam os outros de estarem usando um argumento moral, e, com isso, querem denegrir a argumentação do interlocutor, como se isso fosse proibido ou como se este tipo de argumentação fosse inferior. Geralmente, as pessoas que fazem uso deste tipo de expediente, defendem uma educação (agora com "e" minúsculo) <i>magra</i>, <i>rasa</i> e <i>pobre</i>. Nas palavras de Demo: "educação pobre para os pobres". Dizem que, na escola, os professores devem se preocupar somente com o conteúdo, com a mera <i>instrução</i>, e tão somente com isso. Propõem que não se fale sobre a <i>vida</i>, sobre questões <i>Éticas</i> e <i>Morais</i>, querem proibir até mesmo questões <i>Políticas</i>, <i>Sociais </i>e <i>Culturais</i>.<br />
<br />
Termino, respondendo a este tipo de proposta, de educação <i>lixo</i>,<i> </i>defendida por alguns "caras de pau", que querem mesmo é que o <i>oprimido </i>permaneça <i>oprimido</i>, com a seguinte citação de Nietzsche:<br />
<br />
</span><blockquote class="tr_bq"><span style="font-size: medium;">
"Jamais tivemos tanta necessidade de educadores morais e jamais foi tão pouco provável encontrá-los; nas épocas em que os médicos são mais necessários, na ocasião das grandes epidemias, é então que eles estarão também mais expostos ao perigo" (NIETZSCHE, 2003, p. 146 (do livro já citado, do autor germânico)).</span></blockquote>
<span style="font-size: medium;"><br />
Espero, sinceramente, que este tipo de <i>instrução</i>, bem pontual e até mesmo óbvia para alguns, por mais evidente e visível que seja, transforme-se em algo que balize, como um leme, a vida dos meus estudantes, algo que os leve à verdadeira <i>Educação</i>.</span></div>
Donarte N. dos Santos Jr.http://www.blogger.com/profile/00870216839699010654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516000929264033129.post-59018468998084756652012-03-29T14:25:00.003-03:002024-03-09T10:15:57.835-03:00O HÁBITO DE RESPONDER DE MODO VIOLENTO...<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">UMA POSTAGEM SOBRE O DESRESPEITO E O MODO VIOLENTO E ESTÚPIDO DE FALAR...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Hoje um estudante me chamou de palhaço...</span></div><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span><span style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcQPJQbdQ65Yn4-4XgUg0VnK5FaQi5nDmXVNz33eTVGk8vXgz-k2rXCEKK92NdPK9EuXfqRihRvsbTuoE7l6CmSvniwry5qYr7Ig8QutgFIOZkxY93em1s5IZxkNNQWb5A_qqjmWd-RF3G/s1600/palhaco.jpg" /></span>Entrei em sala de aula, fiz a chamada, e, imediatamente, passei a retomar a aula passada, dizendo que isso seria feito de modo muito rápido porque teríamos de tratar de um assunto bastante polêmico (tratava-se do conceito de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">populismo</i>)...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Enquanto eu falava, um dos estudantes levantou a mão.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Pensei que ele quisesse fazer uma pergunta e me coloquei a disposição, dizendo: “Pois sim!!!”.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Então, ele disse, de modo ríspido, interrompendo todo o encadeamento mental que eu estava fazendo: “sai da frente, quero copiar a matéria do quadro...” – o professor do período anterior havia deixado o quadro de giz lotado de conteúdo...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Então eu lhe disse: “Você nem precisava interromper a aula por causa disto. Eu já ia sair da frente, e, além do mais, estamos agora no período de Geografia e eu terei de apagar o quadro...”...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Dito isso, pus-me a apagar o quadro.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Quando concluí, ouvi, do mesmo estudante: “terminei de copiar!!! Consegui, palhaço!!!”...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Virei imediatamente e fitei-o...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Ele entendeu que havia “pisado na bola” e disse: “Foi mal, professor, perdão!!!", e continuou: "É que eu estou acostumado a falar assim com os meus 'parceiros'...”...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Disse-lhe, então: “Pois é... Só que eu não sou nenhum dos teus 'parceiros', sou o teu 'pro-fes-sor'...”...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Novamente ele se desculpou... Entendi que ele realmente tinha se arrependido e prossegui a aula partindo do ponto onde havia parado.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span>A experiência me fez retomar uma impressão antiga que eu tenho a respeito do comportamento impulsivo de alguns jovens adolescentes: eles estão tão acostumados a certas "respostas padrão" que, em muitos momentos, não conseguem se sair de forma inteligente (no melhor sentido piagetiano) de determinadas situações...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Trata-se de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hábito</i>, no melhor e mais significativo sentido do termo. Trata-se de algo que eles <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vestem</i> e tomam para si: um comportamento, uma atitude e uma resposta, invariavelmente, violenta, ou, no mínimo, pouco amistosa. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lembrei também da palestra do <a href="http://de.wikipedia.org/wiki/Manfred_Spitzer" target="_blank">Dr. Dr. Manfred Spitzer</a>, que assisti, <a href="http://www3.pucrs.br/portal/page/portal/pucrs/Capa/Noticias?p_itemid=73423" target="_blank">em 2007, na PUCRS</a>... Na preleção, o doutor em filosofia e medicina (por isso o Dr. Dr.) mostrava os resultados de uma <i>rigorosa</i> pesquisa, através da qual ele concluiu que, em virtude de a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mídia</i> (gosto de escrever, nestes casos, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mídia</i> com “m” maiúsculo, porque engloba <i>todas </i>as <i>mídias</i>) só veicular <i style="mso-bidi-font-style: normal;">violência</i>, a resposta dos jovens era também violenta, na maioria dos casos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Na verdade, segundo o <i>neurocientista</i>, <a href="http://youtu.be/TjzMwzYhPL4" target="_blank">80% do que a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mídia</i> veicula é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">violência</i></a>, e, justamente por isso, em 80% das vezes, os jovens acabam respondendo de forma violenta a estímulos dos mais variados...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vou passar a trabalhar, também, no sentido de <i>conscientizar</i> meus alunos a respeito disso...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span>Reflitamos...</span><br />
<span><br /></span>
<span>Nós precisamos em nosso pobre país de uma Educação para a Paz!!!</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Nós precisamos em nosso pobre país, cada vez mais, de uma Comunicação não Violenta!!!</span></div>
Donarte N. dos Santos Jr.http://www.blogger.com/profile/00870216839699010654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5516000929264033129.post-20203328399776629742012-03-29T00:11:00.002-03:002024-03-09T07:13:29.677-03:00SABER "DE ONDE VENHO" POSSIBILITA O MEU "PARA ONDE VOU"...<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc1opBQsvpbC7RrTFdr7RCiQzzHjDLigXpB6GdbjVFwM02uZziATeni31ppERmVszX3T-paz2oLPHMRaS5wg_e8NgBudOENcKuT2aOItX2zbyU_JOtdqPMC9K0VPRKyt5gGsRzyL-6IovZ/s1600/perdido.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><span style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;">ESTA POSTGEM É SOBRE O "DE ONDE VENHO" E "PARA ONDE VOU"...</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div>Como professor, vejo e ouço cada coisa...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><span style="clear: left; float: left; font-size: large; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc1opBQsvpbC7RrTFdr7RCiQzzHjDLigXpB6GdbjVFwM02uZziATeni31ppERmVszX3T-paz2oLPHMRaS5wg_e8NgBudOENcKuT2aOItX2zbyU_JOtdqPMC9K0VPRKyt5gGsRzyL-6IovZ/s1600/perdido.jpeg" /></span>Hoje, na aula, falando sobre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fronteira</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limite</i>, dei o exemplo dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">cânions</i> da “Serra Geral” e dos “Aparados da Serra”, que perfazem parte dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limites</i> entre os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Neste momento, um aluno me perguntou: “professor, quem nasce em Santa Catarina é o quê?!”. Ao que respondi: “catarinense”.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Ele redarguiu: “Então, eu sou catarinense”. “Muito bem!!!”, disse eu, e acrescentei: “Tu nasceste lá?”.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">E ele respondeu: “Sim!”. Perguntei-lhe: “Em que cidade?!”. E ele, de pronto: “Não sei!!!”.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Achei tremendamente estranho um jovem não saber a cidade na qual nasceu...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Com estranhamento, prossegui a aula...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Minutos depois o estudante me disse: “Professor!!! Descobri!!! Já sei onde eu nasci!!!”. “Onde?!”, perguntei-lhe... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">“Xanxerê!!!”, respondeu ele...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Fiquei pensando: “Como há minutos atrás ele não sabia e agora ele sabe? Ele só pode estar de brincadeira. Então, perguntei-lhe acerca disso, pois ele parecia confuso, apesar de minha hipótese.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Ele disse: “olhei na minha carteira de identidade!!!”...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A história acima descreve bem como é parte da juventude atual... </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não tenho tempo para desenvolver o assunto de maneira profunda, tal qual este tipo de situação-problema requer.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Mas, tenho uma teoria para essa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">falta de conhecimento </i>com relação às <i style="mso-bidi-font-style: normal;">origens</i> por parte de muitos de nossos jovens. Tenho para mim que a maior culpada disso tudo é a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mídia, </i>com “m” maiúsculo, que são os filmes, a televisão, as músicas, os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">games</i> de computador e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">videogames</i>, os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">livros</i>, os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outdoors</i>, a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Internet</i>, novelas, seriados, o <i>Youtube</i> (esse é de matar pela superficialidade de muitos dos "youtubers"), enfim, tudo o que é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mediado</i> por nossos “ilustres” diretores e artistas atuais... </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Porém, este <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post </i>serve apenas para que eu coloque o meu espanto com a situação, qual seja, a de um jovem não saber a sua <i style="mso-bidi-font-style: normal;">origem</i>...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Em outro momento, apresento o que realmente penso a respeito, e de forma fundamentada.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Por enquanto, digo somente que <b>a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mídia</i> quer mesmo isso: que nossos jovens não saibam de onde vêm, pois, assim, eles também não saberão para onde vão</b>...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Reflitamos... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span>
<span style="mso-spacerun: yes;">Precisamos de uma Educação que prime pelo <i>onde</i>; e isso é Geografia!!!</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Donarte N. dos Santos Jr.http://www.blogger.com/profile/00870216839699010654noreply@blogger.com0