UMA POSTAGEM SOBRE O DESRESPEITO E O MODO VIOLENTO E ESTÚPIDO DE FALAR...
Hoje um estudante me chamou de palhaço...
Entrei em sala de aula, fiz a chamada, e, imediatamente, passei a retomar a aula passada, dizendo que isso seria feito de modo muito rápido porque teríamos de tratar de um assunto bastante polêmico (tratava-se do conceito de populismo)...
Enquanto eu falava, um dos estudantes levantou a mão.
Pensei que ele quisesse fazer uma pergunta e me coloquei a disposição, dizendo: “Pois sim!!!”.
Então, ele disse, de modo ríspido, interrompendo todo o encadeamento mental que eu estava fazendo: “sai da frente, quero copiar a matéria do quadro...” – o professor do período anterior havia deixado o quadro de giz lotado de conteúdo...
Então eu lhe disse: “Você nem precisava interromper a aula por causa disto. Eu já ia sair da frente, e, além do mais, estamos agora no período de Geografia e eu terei de apagar o quadro...”...
Dito isso, pus-me a apagar o quadro.
Quando concluí, ouvi, do mesmo estudante: “terminei de copiar!!! Consegui, palhaço!!!”...
Virei imediatamente e fitei-o...
Ele entendeu que havia “pisado na bola” e disse: “Foi mal, professor, perdão!!!", e continuou: "É que eu estou acostumado a falar assim com os meus 'parceiros'...”...
Disse-lhe, então: “Pois é... Só que eu não sou nenhum dos teus 'parceiros', sou o teu 'pro-fes-sor'...”...
Novamente ele se desculpou... Entendi que ele realmente tinha se arrependido e prossegui a aula partindo do ponto onde havia parado.
Enquanto eu falava, um dos estudantes levantou a mão.
Pensei que ele quisesse fazer uma pergunta e me coloquei a disposição, dizendo: “Pois sim!!!”.
Então, ele disse, de modo ríspido, interrompendo todo o encadeamento mental que eu estava fazendo: “sai da frente, quero copiar a matéria do quadro...” – o professor do período anterior havia deixado o quadro de giz lotado de conteúdo...
Então eu lhe disse: “Você nem precisava interromper a aula por causa disto. Eu já ia sair da frente, e, além do mais, estamos agora no período de Geografia e eu terei de apagar o quadro...”...
Dito isso, pus-me a apagar o quadro.
Quando concluí, ouvi, do mesmo estudante: “terminei de copiar!!! Consegui, palhaço!!!”...
Virei imediatamente e fitei-o...
Ele entendeu que havia “pisado na bola” e disse: “Foi mal, professor, perdão!!!", e continuou: "É que eu estou acostumado a falar assim com os meus 'parceiros'...”...
Disse-lhe, então: “Pois é... Só que eu não sou nenhum dos teus 'parceiros', sou o teu 'pro-fes-sor'...”...
Novamente ele se desculpou... Entendi que ele realmente tinha se arrependido e prossegui a aula partindo do ponto onde havia parado.
A experiência me fez retomar uma impressão antiga que eu tenho a respeito do comportamento impulsivo de alguns jovens adolescentes: eles estão tão acostumados a certas "respostas padrão" que, em muitos momentos, não conseguem se sair de forma inteligente (no melhor sentido piagetiano) de determinadas situações...
Trata-se de um hábito, no melhor e mais significativo sentido do termo. Trata-se de algo que eles vestem e tomam para si: um comportamento, uma atitude e uma resposta, invariavelmente, violenta, ou, no mínimo, pouco amistosa.
Trata-se de um hábito, no melhor e mais significativo sentido do termo. Trata-se de algo que eles vestem e tomam para si: um comportamento, uma atitude e uma resposta, invariavelmente, violenta, ou, no mínimo, pouco amistosa.
Lembrei também da palestra do Dr. Dr. Manfred Spitzer, que assisti, em 2007, na PUCRS... Na preleção, o doutor em filosofia e medicina (por isso o Dr. Dr.) mostrava os resultados de uma rigorosa pesquisa, através da qual ele concluiu que, em virtude de a Mídia (gosto de escrever, nestes casos, Mídia com “m” maiúsculo, porque engloba todas as mídias) só veicular violência, a resposta dos jovens era também violenta, na maioria dos casos.
Na verdade, segundo o neurocientista, 80% do que a Mídia veicula é violência, e, justamente por isso, em 80% das vezes, os jovens acabam respondendo de forma violenta a estímulos dos mais variados...
Vou passar a trabalhar, também, no sentido de conscientizar meus alunos a respeito disso...
Reflitamos...
Nós precisamos em nosso pobre país de uma Educação para a Paz!!!
Nós precisamos em nosso pobre país de uma Educação para a Paz!!!
Nós precisamos em nosso pobre país, cada vez mais, de uma Comunicação não Violenta!!!
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